Não é de hoje que a postura e políticas da Apple vem sendo questionadas e sendo motivos de críticas ferrenhas por muitas empresas e personalidades influentes.
Em 2020 a Epic Games começou um embate judicial nos Estados Unidos contra a Apple após a empresa remover o game Fortnite da App Store, ação que foi tomada após a desenvolvedora violar os termos do contrato a fim de tentar burlar a taxa de 30% cobrada sobre cada pagamento na loja.
Em janeiro de 2022 a Microsoft, e organização Electronic Frontier Foundation e os procuradores de 35 Estados dos EUA colaboraram com documentos que argumentam que as práticas de pagamento impostas pela Apple a seus parceiros são ilegais.
E agora o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, criticou o controle rígido da Apple sobre seus dispositivos afirmando que política da Apple resulta em um conflito de interesses. Além disso, segundo Elon Musk, a Apple teria ameaçado retirar o Twitter de sua App Store.
Ambos chefes de empresas de mídia social fizeram críticas sobre o forte controle que a criadora do iPhone tem sobre o que é permitido em seus dispositivos.
Zuckerberg afirmou que o "controle de plataforma" da Apple permite que eles defendam seus próprios interesses. Para o também bilionário criador do Facebook, "as empresas terem que disponibilizar seus aplicativos exclusivamente por meio de plataformas controladas por seus concorrentes" é um conflito de interesses.
Para o CEO da Meta “A Apple meio que se destacou como a única empresa que está tentando controlar unilateralmente o que os aplicativos colocam em um dispositivo” [...] “e não acho que seja um lugar sustentável ou bom para se estar.”
Repetidamente a Apple defende sua política, afirmando que as taxas cobradas de cada compra são necessários para financiar sua moderação rígida, que avalia todos aplicativos que entram em sua App Store, e que permitir o chamado sideload, a instalação de aplicativos por fora da loja oficial, enfraqueceria a segurança.
A Meta, de Zuckerberg, teve alguns problemas com a Apple em 2021. O ATT, ou Transparência de Rastreamento de Aplicativos, lançado pela desenvolvedora do iPhone tornou mais difícil que os desenvolvedores obtivessem informações de uso dos telefones, impedindo que aplicativos sociais como o Facebook da Meta direcionassem anúncios aos usuários com mais eficácia, diminuindo significativamente as receitas de publicidade da Meta, que perdeu bilhões como resultado despencando os lucros da Meta em 50%.
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